Quando o aprendizado é contínuo e aplicado com um suporte tecnológico

Graças a Vanessa R. Gonçalves, desde 2020 estou aprendendo muito sobre xadrez.

Frequentemente reflito sobre as semelhanças entre o xadrez e a gestão, principalmente a gestão industrial, que é a minha “praia”.

Por exemplo, nos fundamentos de aberturas de jogo, deve-se desenvolver peças e dominar o centro. Em muitos casos, as engines (programas de computar que calculam o melhor lance) verificam erros nestas jogadas, mesmo em partidas de GMs (grandes mestres), o motivo é que os computadores calculam muitas jogadas à frente (+ de 20), impossível para humanos.

Uma correlação que enxergo com a gestão industrial é a utilização dos fundamentos do Lean versos Sistemas (exemplo APS). No Lean buscamos reduzir estoques ao máximo, desenvolver pessoas, aproximar processos, criar um ambiente de trabalho descentralizado e participativo entre outros fundamentos. Em alguns casos, conflitam com o “ideal” identificado pelo computador.

Como diz o GM braseiro Rafael Leitão, o computador é uma máquina. A gestão diária, no chão de fábrica, é feita por humanos. Desta forma, o computador não consegue prever pequenos problemas que ocorrem ao longo do dia (variações do desempenho operacional, na matéria prima, no equipamento…) e por este motivo, os fundamentos, tanto do xadrez como do Lean, continuam válidos, e as novas tecnologias podem e devem ser utilizadas como suporte.

Você já passou por uma situação em que a programação (teoricamente perfeita) não gera os melhores resultados?

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